As perdas pela estiagem começam a se intensificar no RS e em todo Sul do Brasil. Em Tiradentes do Sul não é diferente. Depois das chuvas abundantes de outubro, novembro teve chuva que atingiu apenas pouco mais da média histórica e dezembro não registrou uma gota de chuva sequer na região.
Segundo a Secretaria de Obras de Tiradentes do Sul já ajuda no abastecimento de água com um caminhão tanque em varias localidades do Município.
Segundo a Metsul Meteorologia, o cenário de chuva para lavouras de milho no Sul do Brasil é muito ruim no curto prazo. As consultorias do mercado já começam a revisar para baixo as suas projeções de produção de milho de verão no Brasil devido à falta de chuva no Rio Grande do Sul, que é o maior produtor nacional nesta época do ano. Desde o inverno de 2021 a MetSul alertava que haveria escassez e irregularidade de chuva no estado gaúcho no final do ano em consequência do resfriamento do Pacífico com prejuízos para a cultura e riscos principalmente para o milho que é o primeiro a sofrer com os efeitos de estiagem. A tendência é de agravamento das perdas com danos irreversíveis em muitos municípios e acentuada queda de produtividade em diversas localidades do Rio Grande do Sul ante as precipitações muito escassas e irregulares nos próximos sete a dez dias. Além da chuva irregular, municípios do Centro, Oeste, Noroeste e Norte do estado enfrentarão dias de calor, alguns excessivo, o que acelerará ainda mais a perda de umidade no solo com piora das perdas.
De acordo com a Emater-RS, em Ijuí as plantas apresentavam sintomas de déficit hídrico com folhas enroladas, inviabilidade do pólen e murchamento de toda a planta. Nas lavouras em estádio de formação e enchimento de grão havia falhas de polinização e desenvolvimento de grãos nas espigas, impactando na diminuição da produtividade. Nas em início da floração, notavam-se plantas sem emissão de espigas. As estimativas apontam para redução de mais de 40% do potencial produtivo das lavouras de sequeiro. Na região de Santa Rosa, a estiagem que se configurou na primeira quinzena de novembro associada ao baixo volume de chuvas trouxe redução de 13% na expectativa da produtividade média. Em algumas áreas a perda é superior a 50%. Já ocorrem comunicações de perdas e solicitação de vistorias para encaminhamento do Proagro. A baixa umidade do ar associada às altas temperaturas preocupa os produtores.